Acervo
As Fronteiras do Ser Xukuru: estratégias e conflitos de um grupo indígena no NE
Dados da Obra
Orientando: Vânia Rocha Fialho de Paiva e Souza
Ano de produção: 1992
Idioma Original: Português
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Catalogação da Obra
Titulo, Subtitulo e indicação de responsabilidade: Vânia Fialho de Souza. As Fronteiras do Ser Xukuru: estratégias e conflitos de um grupo indígena no NE. 1992. Dissertação (Mestrado em Antropologia) - Universidade Federal de Pernambuco. Coorientador: João Pacheco de Oliveira Filho.
Mini Currículo
Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Pernambuco, mestrado em Antropologia pela Universidade Federal de Pernambuco e doutorado em Sociologia pela Universidade Federal de Pernambuco (2003). Professora do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFPE . Realizou estágio pós-doutoral na Università Degli Studi di Milano-Bicocca (2010). Tem experiência na área de Antropologia e Sociologia com ênfase em políticas de reconhecimento, povos e comunidades tradicionais, espaços e dinâmicas territoriais, conflitos socioambientais e coordena o Núcleo de Pernambuco do Projeto Nova Cartografia Social. Psicanalista vinculada ao Toro - Escola de Psicanálise, Maceió/AL.
Resumo
O trabalho intitulado “As Fronteiras do Ser Xukuru – Estratégias e Conflitos de Um Grupo Indígena do NE”, tem como objetivo analisar a relação entre o grupo indígena Xukuru e as agências de contato que fazem parte de um mesmo campo intersocietário. Por representar uma comunidade cujo contato com a sociedade envolvente data desde o século XVII, este grupo está inserido numa relação interétnica que determinou mudanças, ao mesmo tempo em que formulou estratégias capazes de garantir sua sobrevivência, fazendo-o chegar aos dias atuais como uma rica e complexa mobilização para afirmar sua identidade indígena. Através dos movimentos que envolviam a questão territorial dos Xukuru, procurou-se observar como critérios exteriores ao grupo e impostos pela sociedade envolvente interferem na noção que o grupo tem do que venha a ser Xukuru, e, por conseguinte, determinam os mecanismos utilizados para garantir seu território. Para esta análise, as informações coletadas são apresentadas em três capítulos específicos. Foram privilegiados os dados que terminam por constituir três exemplos de conflito, analisados como “dramas sociais” (URNER; 1957). Por tanto, foi necessário recorrer aos conceitos de “conflito” (SIMMEL; 1983), “região” e “habitus” (BOURDIEU; 1980 e 1983), entre outros. Enfim, este trabalho procura ainda enfatizar o caráter político da construção e legitimação de uma etnia, além de promover uma análise crítica do tratamento dispensado aos grupos indígenas nordestinos.