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De ‘Gaviões’ a ‘Comunidade Parkatêjê’: uma reflexão sobre processos de reorganização social

Dados da Obra

Orientando: Iara Ferraz

Ano de produção: 1998

Idioma Original: Português

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Catalogação da Obra

Titulo, Subtitulo e indicação de responsabilidade: Iara Ferraz. De 'Gaviões' a 'Comunidade Parkatêjê': uma reflexão sobre processos de reorganização social. 1998. 212 f. Tese (Doutorado em Antropologia Social) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Orientador: João Pacheco de Oliveira Filho.

Mini Currículo

Possui graduação em Bacharelado em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (1974), mestrado em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (1984) e doutorado em Antropologia Social pelo PPGAS, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro (1998). Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em etno-desenvolvimento, atuando principalmente nos seguintes temas: desenvolvimento, etnicidade, grandes projetos na Amazônia, industrialização e fronteira. Através de organizações não-governamentais, nos últimos 20 anos vem prestando assessoria a grupos indígenas e ribeirinhos do sudeste do Pará, com vistas ao seu fortalecimento nas relações e negociações com grandes empresas estatais e privadas.

Resumo

O presente trabalho resultou de uma reflexão do acompanhamento, por um período prolongado, dos processos de reorganização social entre um grupo Jê-Timbira situado a sudeste do Estado do Pará (a 40 km da cidade de Marabá), que ficou conhecido como “Gaviões do oeste” e, a partir de meados da década de 70, como “Comunidade Parkatêjê”. Entendidos através da noção de territorialização ao abranger múltiplas interconexões a partir da designação, pelo Estado, de uma base territorial limitada – como foi o caso da remoção compulsória de três grupos locais distintos para uma mesma localidade, a atual Terra Indígena Mãe Maria – nesses processos os grupos elaboram permanentemente a identidade diferenciada, estão atentos às reelaborações culturais e às preocupações com o passado, ao lado do desenvolvimento de mecanismos políticos para fazer face ao confronto permanente no âmbito das relações interétnicas, onde não foram descartados o uso da força física, econômica e simbólica. Enquanto a realização dos cerimoniais de longa duração e os jogos de flechas reelaboram sistemas articuladores das relações sociais (como a nominação e a amizade formal) e fazem parte da estratégia dos mais velhos com vistas à reprodução da sociedade parkatêjê, os interesses dos mais jovens parecem estar mais voltados para o controle de recursos, sobretudo monetários, e para a ampliação de relações através de novos mecanismos de representação de mesmos.