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Habitações Kaiowá: formas, propriedades técnicas e organização social

Dados da Obra

Orientando: Fabio Mura

Ano de produção: 2000

Idioma Original: Português

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Catalogação da Obra

Titulo, Subtitulo e indicação de responsabilidade: Fabio Mura. Habitações Kaiowá: formas, propriedades técnicas e organização social. 2000. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Orientador: João Pacheco de Oliveira Filho.

Mini Currículo

Doutor e mestre em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social - Museu Nacional / UFRJ. É Professor Associado IV da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Foi membro da diretoria da Associação Brasileira de Antropologia (2017-2018) tendo coordenado nessa gestão o Comitê de Laudos Antropológicos. Por seis gestões tem integrado a Comissão de Assuntos Indígenas (CAI) desta associação, sendo seu coordenador entre 2019 e 2020 e vice coordenador na atual gestão (2021-2022). Nessa gestão foi ainda integrante da diretoria da Associação. Atualmente é coordenador do Comité de Laudos Antropológicos da ABA. Emite pareceres para revistas nacionais e internacionais. Consultor do Ministério Público federal e da Fundação Nacional do Índio. Desde 1991 desenvolve pesquisas entre os Guarani-Kaiowa e Guarani-Ñandéva de Mato Grosso do Sul, especializando-se em temas como: relações interétnicas, processos sociotécnicos e econômicos em contextos indígenas, tradição de conhecimento, etnodesenvolvimento e dinâmica territorial, temas que hoje são desenvolvidos também em pesquisa entre os Tabajara e Potiguara da Paraíba. Principais áreas de interesse: Etnologia indígena, Relações Interétnicas, Teoria Antropológica, Antropologia do Conhecimento e Antropologia da Técnica. Lidera o Téchnai: Laboratório de Estudos em Processos Técnicos e integra o Laboratório em Etnicidade, Cultura e Desenvolvimento (LACED), o Laboratório de Antropologia da Ciência e Tecnologia (LACT) e o Grupo de Estudos em em Território, Identidade e Ambiente (GETI).

Resumo

O que leva os índios Kaiowá a mudar a maneira de habitar e as construções a elas associadas? Por que frente ao contato interétnico temos duas distintas mas significativas situações: primeiro, o “abandono” das grandes malocas que albergavam inteiras famílias extensas, e, segundo, uma “volta”, mais recentemente, a se reconstruir esses tipos de edificação? Os referenciais teóricos através dos quais enfrentaram-se estas questões -tanto na literatura específica sobre os Guarani, quanto em geral sobre cultura material e uso do espaço- demonstram-se, frente à primeira pergunta, insatisfatórios, enquanto que em relação à segunda revelam-se fragmentários e de difícil aplicação para a compreensão dos dados empíricos. Um dos objetivos principais do presente trabalho será o de propor um quadro teórico de referência que possa servir também como método de análise, que se pensa possa demonstrar-se útil não apenas para este estudo. Se discutirão temas como a natureza dos sistemas tecnológicos e das sociedades que se supõe que deveriam produzi-los. A posição central da crítica que será conduzida à maioria dos pressupostos teóricos sobre cultura material e tecnologia baseia-se na constatação de que esses privilegiam a produção dos objetos materiais em relação à circulação e organização determinadas pelos distintos grupos sociais analisados. Objetivo a ser atingido será o de identificar como os Kaiowá recortam e organizam materiais e técnicas, limitando a enorme heterogeneidade de possíveis configurações residenciais, e ressaltando a importância dos fatores interétnicos e de intertradição na determinação desses limites em um território que não vê só os índios como protagonistas.