Acervo
Identidade sem pertencimento? Dimensões íntimas da etnicidade feminina no Vaupés
Dados da Obra
Orientando: María Rossi Idarraga
Ano de produção: 2016
Idioma Original: Português
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Catalogação da Obra
Titulo, Subtitulo e indicação de responsabilidade: María Rossi Idarraga. Identidade sem pertencimento? Dimensões íntimas da etnicidade feminina no Vaupés. 2016. Tese (Doutorado em Antropologia Social) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Orientador: João Pacheco de Oliveira Filho.
Mini Currículo
Doutora em Antropologia Social pelo Museu Nacional - Universidade Federal do Rio de Janeiro. Pós - doutoranda na mesma instituição. Possui graduação em Antropologia - Universidad de Los Andes (2004) e mestrado em Estudios Latinoamericanos pela Universidade Autónoma de Madrid (2010) e a Universidade de Toulouse II - Le Mirail (2011). Pesquisa desde 2006 no noroeste amazônico, em contextos rurais e urbanos, com povos indígenas, sobre gênero, etnicidade, participação política e desigualdades. Professora na Universidade Federal do Amazonas, no Instituto Natureza e Cultura, Campus Benjamin Constant.
Resumo
Esta é uma investigação com mulheres indígenas que habitam a região do Vaupés, na Amazônia colombiana, sobre as formas em que são construídas e experimentadas as relações de identificação, diferenciação e pertencimento a grupos étnicos. Foi escrita a partir das narrativas de mulheres indígenas e assume a premissa de que as relações de gênero são constitutivas da etnicidade (Hernández, Suarez, Mohanty, Rivera, 2008). Assim, a pesquisa tem por objetivo pensar a articulação entre gênero e etnicidade como produto de relações históricas complexas, composta por vários marcadores de diferenças, buscando discutir as relações estabelecidas entre identidades, pertencimentos e geração de desigualdades. Nas situações analisadas as mulheres constroem e procuram formas de acolhimento, enraizamento e reconhecimento operando com um conjunto amplo e denso de diferenciações, no qual estabelecem seus lugares no mundo não apenas nem primordialmente através da coerência possível das representações da identidade étnica na qual se localizam, mas sim das articulações concretas, necessariamente circunstanciais e históricas através das quais constroem sua cotidianidade e suas relações. O resultado é uma etnografia do particular, seguindo a proposta de Abu Lughod (1991), construída a partir do reconhecimento da vulnerabilidade mútua como possibilidade de intimidade e comunicação. O trabalho destaca a multiplicidade de relações, referentes e marcadores de identificação e diferença, com a qual são construídas, narradas e vividas as identidades étnicas e as relações pessoais no Vaupés; e atenta para como estas mulheres experimentam no seu dia a dia essas fronteiras, que significados assumem para elas dentro do conjunto de suas relações, como os narram e como se posicionam com relação a eles.