Acervo

No coração do Brasil: Roquette-Pinto e a expedição à Serra do Norte (1912)

Dados da Obra

Orientando: Rita de Cássia Melo Santos

Ano de produção: 2011

Idioma Original: Português

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Catalogação da Obra

Titulo, Subtitulo e indicação de responsabilidade: Rita de Cássia Melo Santos. No coração do Brasil: Roquette-Pinto e a expedição à Serra do Norte (1912). 2011. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) - Universidade Federal do Rio de Janeiro. Orientador: João Pacheco de Oliveira Filho.

Mini Currículo

Licenciada em História pela Universidade Federal de Pernambuco (2007), mestrado (2011) e doutorado em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2016), Pós-Doutorado pela EHESS (2022). Atualmente é professora adjunta no Departamento de Ciências Sociais e no Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal da Paraíba. Tem experiência na área de História e Antropologia, atuando principalmente nos seguintes temas: coleções etnográficas, museus, populações indígenas, história da ciência e antropologia e educação. Co-organizou o livro "De acervos coloniais aos museus indígenas: formas de protagonismo e de construção da ilusão museal" (EdUFPB, 2019) e publicou o livro "No Coração do Brasil: A expedição de Edgar Roquette-Pinto à Serra do Norte (1912)" (Ed. SEE/Museu Nacional/UFRJ,2021). Co-dirigiu o documentário "Memórias do Fogo" (2022).

Resumo

Esse trabalho estuda as relações entre Museus, Antropologia e Coleções Etnográficas a partir da expedição de Roquette-Pinto à Serra do Norte, em 1912. Médico de formação, Roquette-Pinto ingressou no Museu Nacional no ano de 1906 onde deu início à sua profissionalização como antropólogo e etnógrafo. A expedição por ele realizada contou com a parceria estabelecida, à época, pelo Museu Nacional do Rio de Janeiro com a Comissão de Linhas Telegráficas Estratégicas do Mato Grosso ao Amazonas (CLTEMTA). Tal parceria, formulada em termos de cooperação mútua, em que o Museu Nacional atestava a legitimidade científica dos empreendimentos da CLTEMTA e esta fornecia aos integrantes do Museu as condições técnicas necessárias à formação de coleções científicas, imbricava um contexto mais amplo de “redescoberta do Brasil” e de gestão de suas populações. Nesse sentido, busco investigar o etnógrafo, as coleções que formou para a sua instituição, suas redes de apoio e legitimação e a “situação etnográfica”, numa tentativa de estabelecer uma conexão com as demandas contemporâneas colocadas aos Museus e instituições congêneres, pelas populações provindas daquela situação de pesquisa. Esse esforço resulta na apresentação das conexões entre Antropologia e Colonialismo, bem como as esferas políticas da prática antropológica para a situação analisada. Restituindo-lhe a importância e os significados de seu tempo contemporâneo, que foram minimizados pela mudança do eixo teórico da Antropologia no Brasil durante a alteração do seu lugar de produção e ensino – “dos Museus às pós-graduações”.