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O Reencantamento do Mundo: Trama Histórica e Arranjos Territoriais Pankararu

Dados da Obra

Orientando: José Maurício Paiva Andion Arruti

Ano de produção: 1996

Idioma Original: Português

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Catalogação da Obra

Titulo, Subtitulo e indicação de responsabilidade: José Maurício Paiva Andion Arruti. O Reencantamento do Mundo: Trama Histórica e Arranjos Territoriais Pankararu. 1996. 296 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Orientador: João Pacheco de Oliveira Filho.

Mini Currículo

Sou professor Dr. do Depto. de Antropologia da UNICAMP e pesquisador do CEBRAP (Núcleo Afro), credenciado nos Programas de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS), Ciências Sociais (PPGCS) e História (PPGH) da UNICAMP. Depois do bacharelado em História pela UFF, fiz o mestrado e doutorado em Antropologia Social no Museu Nacional-UFRJ. Atuei no campo da Antropologia Pública, como coordenador de projetos de pesquisa, comunicação e advocacy na ONG Koinonia (1997-2007) e fui prof. do Depto. de Educação da PUC-Rio (2007-2011). Em 2006 publiquei o livro "Mocambo - Antropologia e história do processo de formação quilombola" (Prêmio CEAB/F. Ford'2003 e Prêmio ANPOCS-EDUSC´2005) e fui premiado no II O Prêmio Territórios Quilombolas (2006) promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA (NEAD Especial no. 5, 2007: 230-268). Meus interesses de pesquisa, docência e extensão envolvem comunidades quilombolas e povos indígenas, e os temas do Território, Memória, Educação e Direitos. Na UNICAMP, coordeno o Laboratório de Pesquisa e Extensão com Populações Tradicionais Ameríndias e Afro-americanas (LaPPA) do Centro de Estudos Rurais, CERES. Já coordenei o Centro de Pesquisa em Etnologia Indígena, CPEI (2012-2017); o Curso de Graduação em Ciências Sociais (coord. associado, 2013-2014); o Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (2014-2017); e chefiei o Departamento de Antropologia (2019-2021). Realizei estágios pós-doutorais no CEBRAP (FAPESP, 2003-2006), na Getty Foundation, Los Angeles, CA (2015) e na Jackson School of International Studies da University of Washington, Seattle, WA. (BPE-FAPESP, 2018). Atualmente desenvolvo pesquisa acadêmica sobre o tema da mobilidade indígena, com destaque para a migração das regiões Norte e Nordeste para o estado e para a cidade de São Paulo, assim como para a ampliação do acesso indígena à universidade. O foco etnográfico desta pesquisa incide sobre o povo pankararu e os efeitos da mobilidade sobre sua relação com as políticas de educação, cultura e patrimônio. Também coordeno o programa Panorama Quilombola (Afro-Cebrap em parceria com o LaPPA-UNICAMP) que desenvolve projetos de extensão no campo da documentação e informação sobre a presença na mídia e o acesso à justiça das comunidades quilombolas, realizados em parceria com diferentes universidades, instituições sociais e organizações quilombolas.

Resumo

Este trabalho tem por objeto as condições sociais e simbólicas da “invenção cultural” e da ” manipulação da identidade” entre grupos indígenas do Nordeste brasileiro, concentrando-se sobre uma dessas situações: o etnônimo Pankararu, localizado no sertão pernambucano do São Francisco, próximo à UHE de Itaparica. A análise desenvolve-se em dois planos, cada um deles correspondendo a dois capítulos. Propomos uma interpretação histórica sobre as emergências étnicas do Nordeste a partir das mudanças ideológicas e contextuais que levaram o órgão indigenista oficial a atuar na região e o novo padrão de indianidade gerado a partir daí, assim como das redes de contatos rituais e, depois, de mediadores políticos e religiosos que permitiram a deflagração das emergências (Cap.1). Apresentamos uma análise da emergência Pankararu e da construção de seu território a partir da série de intervenções e ressignificações entre burocracia e política nativa, que desembocam num “campo político autônomo” (Cap.2). Num segundo plano, propomos um modelo descritivo capaz de sintetizar, sem reduzir, o processo de construção e mutação territorial daquele campo autônomo de novas relações sociais (Cap.3). Para em seguida investirmos sobre as dinâmicas de desterritorializações que fogem ao recorte geométrico do território, descrevendo como uma topológica a constante produção da etnicidade (Cap.4).