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Os Tembé de Guamá: Processo de construção da cultura e identidade Tembé

Dados da Obra

Orientando: Sara Alonso Arroyo

Ano de produção: 1996

Idioma Original: Português

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Catalogação da Obra

Titulo, Subtitulo e indicação de responsabilidade: Sara Alonso Arroyo. Os Tembé de Guamá: Processo de construção da cultura e identidade Tembé. 1996. 241 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Orientador: João Pacheco de Oliveira Filho.

Mini Currículo

Possui graduação em Geografia e Historia ,especialidade Antropologia - Universitat de Barcelona -Espanha (1988), estudos e pesquisas de mestrado e doutorado em Antropologia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional), respectivamente em 1996 y 2004, com certificado de Homologação do título de doutora em Antropologia pela Universitat de Barcelona. Foi pesquisadora associada em diferentes instituições i entidades do Para, entre estas, no Museu Paraense Emílio Goeldi, com bolsa de Desenvolvimento Científico Regional; no Núcleo de Altos Estudo Amazônicos, desenvolvendo pesquisa e atuando como professora em cursos de extensão universitária e seminários, além de assessoria sobre direitos socioculturais e territoriais ( populações indígenas e quilombolas na Amazônia). De 2006 a 2010 participou do Grupo de Estudos sobre Culturas Indígenas e Afro-americanas (CINAF) da Universitat de Barcelona. De 2009 a 2015, foi professora do Departamento de Ciências Humanas da Faculdade de Comunicação e Relações internacionais Blanquerna- Universitat Ramon Llull /Barcelona (Espanha), onde ministrou o curso Diferencias Culturais na Comunicação, com ênfase na perspectiva de gênero. Atualmente é professora do Máster oficial de estudos Avançados em Exclusão Social da Universitat de Barcelona e da Escola Universitária de Enfermagem Campus Docent de Sant Joan de Deu (Espanha). Desde 2009 participa do Grupo de Pesquisa sobre Exclusão Social e Controle Social (GREC) e desde 2014 do GEDES (Grupo de estudos sobre dispositivos de exclusão, ambos da Universitat de Barcelona. Também desde 2014, participa do Grupo de Estudos, Estado, Hidroelétricas e Conflitos do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA/UFPA). Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia Social e Cultural. As líneas de pesquisa têm se centrado no estudo das Identidades, Grupos e/ou Movimentos, concretamente, no estudo dos Processos de Construção i Legitimação Politica e Cultural de Grupos e Identidades e os vínculos com políticas (nacionais e internacionais). Com maior o menos ênfase metodológica, tem se priorizado três interconexões: a lei (ou politicas) agentes e/ou práticas de mediação (movimentos ou mobilizações e produção de conhecimento ou saberes expecializados), e definição e subjetivação de populações e identidades socioculturais nos espaços urbanos e rurais; Socioantropologia das Cidades, agentes, produção da diversidade e do urbano; dimensão simbólica das práticas; cidades, povoados, impactos ambientais e populações tradicionais. As referencias empíricas e etnográficas nas pesquisas realizadas no Brasil (Para,Maranhão/Amazônia ) têm sido Populações Tradicionais, Indígenas, Afro-brasileiras (Quilombos), e Movimentos Sociais ou étnico-raciais. As pesquisas realizadas na Espanha têm como base empírica pessoas em situação de ?sem abrigo ? (?homeless?), jovens e população em situação de ?relação intercultural? no espaço da cidade de Barcelona e em outras cidades ou vilas da Espanha.

Resumo

A nossa pesquisa tem por objetivo analisar a construção da cultura e identidade “autenticamente Tembé”, a qual se manifesta e acontece socialmente durante o denominado processo de “reorganização-revolução”. Por meio de um procedimento analítico de desnaturalização e dessubstancialização dessa “autenticidade”, pretendemos analisar como a experiência de “índios tutelados” -delineada a partir da criação da Reserva Indígena Alto Rio Guamá (1945) e das relações que se estabeleceram entre agentes do órgão e os “remanescentes Tembé”- gerou condições para impor como legítimos os seus critérios de “autenticidade”. “Autenticidade” que como “invenção nova” pretende legitimar-se com referência a um passado, possível de ser compreendida pela simbologia do “sangue índio”, ou reconhecimento de ser índios mas “misturados”. Esta simbologia permite, além de criar a cultura -“os do mesmo sangue”-, alimentá-la por meio da objetivação de “traços culturais” que representam a nossa tradição que precisamos lembrar com a finalidade de defender os direitos de nossa terra.