Acervo
Sagas Sertanistas: práticas e representações do campo indigenista no século XX
Dados da Obra
Orientando: Carlos Augusto da Rocha Freire
Ano de produção: 2005
Idioma Original: Português
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Catalogação da Obra
Titulo, Subtitulo e indicação de responsabilidade: Carlos Augusto da Rocha Freire. Sagas Sertanistas: práticas e representações do campo indigenista no século XX. 2005. Tese (Doutorado em Antropologia Social) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Orientador: João Pacheco de Oliveira Filho.
Mini Currículo
Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1978), mestrado em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1990) e doutorado em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2005). Foi antropólogo pesquisador do Museu do Índio/FUNAI, atualmente aposentado, trabalha hoje como pesquisador autônomo. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em indigenismo, atuando principalmente nos seguintes temas: política indigenista, relações interétnicas, indigenismo, etnologia indígena e sertanismo.
Resumo
Esta pesquisa tem por objetivo a realização de uma etnografia histórica das práticas e representações desenvolvidas por sertanistas do Serviço de Proteção aos Índios (SPI) e da Fundação Nacional doÍndio (FUNAI), responsáveis pelo trabalho de atração e pacificação de povos indígenas no âmbito da política indigenista brasileira. A análise das trajetórias e dos processos sociais que envolveram as disputas de sertanistas como Francisco Meirelles e os irmãos Cláudio e Orlando Villas Bôas num campo indigenista, se baseia na abordagem antropológica de histórias de vida, associada metodologia da história oral, além de um extenso levantamento documental. Nossa intenção ao centrar a análise na relação dos sertanistas com o Estado Nacional, e nas práticas de pacificação, compreender a constituição dessa categoria ocupacional, sua identidade social, as excepcionalidades pessoais e as técnicas de poder identificadas atividade sertanista, além de perceber como intervinham, em diversos contextos, nos processos de territorialização de povos indígenas. Neste trabalho, demonstramos que os sertanistas incorporavam as contradições do indigenismo brasileiro, assumindo uma consciência culpada dos efeitos desastrosos de inúmeras pacificações. Além disso, com as atividades de atração e pacificação, os sertanistas adquiriam capital simbólico que lhes dava peso diferencial nas lutas do campo indigenista, determinando rumos para a política indigenista brasileira.