Acervo
Uma “tradição de Glória”: o papel da experiência para capuchinhos e leigos úmbrios na Amazônia
Dados da Obra
Orientando: Claudia Mura
Ano de produção: 2007
Idioma Original: Português
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Catalogação da Obra
Titulo, Subtitulo e indicação de responsabilidade: Claudia Mura. Uma "tradição de Glória": o papel da experiência para capuchinhos e leigos úmbrios na Amazônia. 2007. Dissertação (Mestrado em ANTROPOLOGIA SOCIAL) - Universidade Federal do Rio de Janeiro. Orientador: João Pacheco de Oliveira Filho.
Mini Currículo
Professora Associada da Universidade Federal de Alagoas. Possui graduação em Letras Modernas (departamento Demo-Etno-Antropológico) pela Universidade La Sapienza de Roma - Itália (2002), mestrado (2007) e doutorado (2012) em Antropologia Social pelo Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência nas áreas de Etnologia Indígena, Antropologia dos Rituais e Antropologia do Conhecimento. É líder do Grupo de Pesquisa em Memória, Identidade e Território (GPMIT)/PPGAS/UFAL e integra o Laboratório de Pesquisas em Etnicidade, Cultura e Desenvolvimento (LACED)/PPGAS/Museu Nacional/UFRJ. Desenvolve pesquisa nas seguintes temáticas: relações interetnicas, processos políticos-rituais, colonialismo e tradições de conhecimento.
Resumo
Esta dissertação se concentra sobre a análise dos discursos e práticas atuais dos capuchinhos e leigos úmbrios (Itália) empenhados na divulgação e promoção da missão na região do Alto Solimões (Estado do Amazonas, Brasil), outorgada à Ordem desde 1910. O objetivo principal é analisar os elementos que possibilitam a construção e a manutenção da ‘tradição missionária’ que os capuchinhos reivindicam e a penetração que esta logra ter na configuração social da Úmbria. Para tal propósito, optou-se por inicialmente apresentar a história da missão promovida pelos capuchinhos, destacando-se as bases normativas sobre as quais esta se apóia. Procedeu-se em seguida ao mapeamento das redes de contatos tecidas pelos capuchinhos, analisando-se as relações que nestas se inscrevem e destacandose os incentivos e obrigações que as caracterizam. Particular importância é atribuída às transações de conhecimento que se realizam em tais relações, delineando-se o modelo de processo que contribui para a manutenção da ‘tradição’ – aqui a ‘experiência’ na missão jogando um papel determinante, tendo-se em vista a construção do diferencial de status. A atenção foi igualmente dirigida às diferentes técnicas de comunicação da ‘realidade amazonense’ – em particular ao Museu dos índios do Amazonas – e aos conteúdos que destas fluem, refletindo-se acerca da multivocalidade dos símbolos e a repetição dos estereótipos que os atores sociais manipulam, assim veiculando valores, construindo imaginários e deflagrando o desejo de participação no circuito Úmbria/Amazonas.