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Catarina Paraguaçu, senhora do Brasil: três alegorias para uma nação

Dados da Obra

Autor(es): João Pacheco de Oliveira

Editora: Editora UFRJ

Ano de produção: 2022

Idioma Original: Português

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Memórias Insurgentes

Catalogação da Obra

Titulo, Subtitulo e indicação de responsabilidade: Catarina Paraguaçu, senhora do Brasil: três alegorias para uma nação. João Pacheco de Oliveira. In: Memórias insurgentes [recurso eletrônico]. – v. 1 n. 1, (2022). – Rio de Janeiro, RJ: Universidade Federal do Rio de Janeiro, Museu Nacional.

Notas: v. 1, n. 1, jun. (2022) – Rio de Janeiro Semestral

ISSN: 2764-9334

Assuntos e pontos de acesso secundario: 1. História do Brasil - Periódicos. 2. Indígenas da América do Sul – Brasil - Periódicos. I. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Museu Nacional. II. Título.

Classificação do Assunto: 305.8

Responsavel: Dulce Maranha Paes de Carvalho, CRB - 7/4050

Resumo

Este trabalho tem como foco o uso do passado, não somente como ele se expressa através de livros e teses, mas considerando igualmente como a história repercute fora de espaços universitários, na multiplicidade de formas que pode vir a assumir na vida social. Personagens do passado são frequentemente evocados para nomear e preencher de significações densas os mais diversos fatos de tempos posteriores e da atualidade. Em especial as alegorias sobre o Brasil instituem uma esquematização do passado, as quais, em doses variadas de vigor e sutileza, propõem interpretações e estimulam sentimentos e ações quanto ao presente.

Uma figura feminina em especial atravessa cinco séculos de história do Brasil, desde a fundação da Colônia até os dias atuais, sendo o nome que lhe foi atribuído reconhecido com familiaridade por velhos e crianças séculos depois, transitando sob formas diversas em diferentes classes e grupos étnico-raciais. Durante vários séculos Paraguaçu foi um personagem acessório à narrativa sobre a fundação do Brasil centralizada na atuação do português Diogo Álvares. Uma investigação dirigida por um olhar crítico evidencia, contudo, o seu decisivo protagonismo.

As representações sobre os indígenas no Brasil, longe de ser algo unitário e coeso, remetem a discursos e usos sociais distintos e que se incorporam a projetos de nação divergentes. Embora frequentemente antropólogos e historiadores insistam em dizer que os indígenas são invisíveis na história do país, o que se pode perceber ao contrário é a pluralidade de formas e significados atribuídos aos indígenas em diferentes épocas, lugares e contextos. Acompanhando estas narrativas e imagens teremos a oportunidade de ver as múltiplas formas de conceber a nação brasileira, de engendrar memórias e empoderar identidades sociais.