Acervo

Uma Antropologia Comprometida com as Lutas de Libertação dos Indígenas

Dados da Obra

Autor(es): Pacheco de Oliveira, João

Editora: Guarimã

Ano de produção: 2022

Idioma Original: Português

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Guarimã - Revista de Antropologia e Política

Catalogação da Obra

Titulo, Subtitulo e indicação de responsabilidade: Uma Antropologia Comprometida com as Lutas de Libertação dos Indígenas: Os Impactos de Barbados na Antropologia Brasileira. Guarimã – Revista de Antropologia & Política, ISSN – 2675-9802, Vol. 4, N. 2, p. 13-40, Janeiro-Junho, 2022.

Notas: Vol. 4, N. 2, p. 13-40.

ISSN: 2675-9802

Assuntos e pontos de acesso secundario: 1. Antropologia – Periódicos. 2. Política – Periódicos. I. Universidade Estadual do Maranhão. II. Programa de Pós-Graduação em Cartografia Social e Política da Amazônia.

Classificação do Assunto: CDU 572:32

Resumo

O documento de Barbados (1971) realizou fortes críticas quanto às práticas com que os Estados Nacionais e as missões religiosas tratavam as populações indígenas da América Latina. As próprias antropologias nacionais foram também questionadas por sua abordagem culturalista e cientificista, cumplice da dominação que os indígenas sofriam. A pergunta que orienta este texto é sobre os impactos diretos e indiretos do documento de Barbados sobre a antropologia brasileira. Reconstituindo as difíceis condições de funcionamento das universidades durante a ditadura militar (1964-1985), é possível notar que os ensinamentos de Barbados se expressam com mais nitidez na década de 1970 e início de 1980 em algumas ações indigenistas pioneiras, com repercussões acadêmicas relativamente limitadas. A redemocratização do país criou outras demandas e permitiu que mesmo no âmbito acadêmico se desenvolvesse progressivamente uma agenda distinta para o exercício da antropologia, propiciando a investigação de temas anteriormente ignorados assim como a adoção de outros pressupostos teóricos e metodológicos. Foram anunciadas igualmente formas diferentes de intervenção dos antropólogos. A antropologia contemporânea, marcada por profundos movimentos de descolonização na África, Ásia e nas Américas, pode com proveito dialogar com os pressupostos de Barbados e aí encontrar uma inspiração importante.