Acervo
Conflitos fundiários, territorialização e disputas classificatórias: Autazes (AM), primeiras décadas do século XX
Dados da Obra
Orientando: Ana Flávia Moreira Santos
Ano de produção: 2009
Idioma Original: Português
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Catalogação da Obra
Titulo, Subtitulo e indicação de responsabilidade: Ana Flávia Moreira Santos. Conflitos fundiários, territorialização e disputas classificatórias: Autazes (AM), primeiras décadas do século XX. 2009. Tese (Doutorado em Antropologia Social) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Orientador: João Pacheco de Oliveira Filho.
Mini Currículo
Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Minas Gerais (1991), Mestrado em Antropologia pela Universidade de Brasília (1997) e Doutorado em Antropologia Social pelo Museu Nacional/UFRJ (2009). Trabalhou como analista pericial em antropologia do Ministério Público Federal entre 1997 e 2010. Atualmente é professora associada do Departamento de Antropologia e Arqueologia da Universidade Federal de Minas Gerais. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em mineração e conflitos ambientais, etnicidade, processos de territorialização, antropologia histórica, perícia antropológica.
Resumo
Este trabalho aborda as políticas e práticas da Inspetoria do Serviço de Proteção aos Índios no Estado do Amazonas e Território do Acre, no período 1917 – 1932, voltadas para a instituição de terras para índios no Estado do Amazonas, em particular nas regiões dos Autazes e Baixo Madeira, em territórios de ocupação Mura e Mundurucu. A partir de uma leitura dos princípios classificatórios expressos nos textos legais vigentes no período, e da investigação dos processos econômicos e políticos que ocorreram no Estado do Amazonas entre as décadas de 1910 e 1920, procura mostrar como a intermediação do órgão indigenista oficial, instaurada em consonância a uma proposta geopolítica de sustentação da empresa extrativista, acabou por fortalecer movimentos de resistência indígena, no momento da instauração de uma frente de expansão relacionada à valorização da castanha. Aborda, por fim, as disputas territoriais e simbólicas que caracterizaram o desenvolvimento desse processo na segunda metade da década de 1920, e que desaguaram na instauração de um Inquérito na Inspetoria dos Índios no Amazonas e Acre, no contexto da Revolução de 1930.