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Entre viajar e morar: narrativas sobre a territorialidade Kulina

Dados da Obra

Orientando: Genoveva Santos Amorim

Ano de produção: 2019

Idioma Original: Português

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Universidade Federal do Amazonas

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Catalogação da Obra

Titulo, Subtitulo e indicação de responsabilidade: Genoveva Santos Amorim. Entre viajar e morar: narrativas sobre a territorialidade Kulina. 2019. Tese (Doutorado em Antropologia Social) - Universidade Federal do Amazonas. Orientador: João Pacheco de Oliveira Filho.

Mini Currículo

Doutora em Antropologia Social no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Amazonas (PPGAS-UFAM), com mestrado em Antropologia Social na mesma instituição. Desenvolveu trabalho de campo entre os Kulina do Baixo Juruá (AM) e os Katukina do rio Biá (AM). É falante da língua Kulina e possui experiência nas áreas de Educação escolar indígena, Gestão territorial indígena, Etnicidade e territorialidade.

Resumo

Esta é uma etnografia dos Kulina (falantes de uma língua pertencente à família arawa) na região do baixo rio Juruá, no estado do Amazonas, na qual são analisados os processos de territorialização, com enfoque nos conceitos próprios de território, política e etnicidade. O foco descritivo e analítico se dirige às narrativas e aos eventos nos quais sobressai a relação dos Kulina entre si, com outros povos indígenas da região e com a sociedade nacional. A chave de interpretação é a concepção de território – como algo construído e imaginado: o território como local de morada dos humanos; o território como local de morada dos seres extra-humanos; e o território como local do conhecimento. Assinala-se que o “jeito de morar” dos Kulina não separa em lugares ou patamares fixos os humanos e os seres extra-humanos. Verifica-se, através de narrativas e processos, como os Kulina reinterpretam e recriam as tradições para enfrentar os desafios na sua relação com a sociedade nacional e globalizada. Constata-se a forma como as narrativas acessam a memória para construir o espaço, o tempo e ressignificar as lutas atuais. Uma memória que é individual, mas é ao mesmo tempo coletiva, e diferente da memória oficial do Estado e de seus agentes. É nesse sentido que esta etnografia pretende contribuir com debates acerca da relação entre grupos étnicos e sociedade nacional, bem como na formulação e implantação de políticas públicas pautadas nos direitos indígenas.