Acervo
Descolonizando a ilusão museal. Etnografia de uma proposta expositiva
Dados da Obra
Autor(es): Pacheco de Oliveira, João & Santos, Rita de Cássia Melo (orgs)
Editora: Editora UFPB
Ano de produção: 2019
Idioma Original: Português
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Catalogação da Obra
Cutter: A 173
Titulo, Subtitulo e indicação de responsabilidade: Pacheco de Oliveira, João & Santos, Rita de Cássia Melo (orgs) – “Descolonizando a ilusão museal. Etnografia de uma proposta expositiva” In De acervos coloniais aos museus indígenas. Formas de protagonismo e de construção da ilusão museal. Pacheco de Oliveira, João & Santos, Rita de Cássia Melo. João Pessoa, Editora da UFPB, 2019. Pgs. 397-434. ISBN 978-85-237-1414-7. Editora universitária brasileira, 1ª. Edição, em português.
Notas: Pgs. 397-434.
ISBN: 978-85-237-1414-7
Assuntos e pontos de acesso secundario: 1. Povos indígenas. 2. Museu e povos indígenas. 3. Arte africana. I. Oliveira, João Pacheco de. II. Santos, Rita de Cássia Melo. III Título.
Classificação do Assunto: CDU 39
Resumo
Os grandes museus etnográficos constituíram-se no século XIX em lugares de memória que celebravam a superioridade do Ocidente e produziam imagens e narrativas que justificavam e legitimavam o empreendimento colonial. Para os seus visitantes, os habitantes das metrópoles coloniais, os museus levavam imagens, cores, cheiros e sabores de outros povos, sempre abordados como simples e primitivos, mas também como curiosos e exóticos. Podiam estimular a imaginação, mas não representavam mais uma forma válida de humanidade, estavam em vias de desaparição, por isso precisavam ser observados, registrados, analisados, separados em vitrines e estantes, cuidadosamente vigiados. O mandato tutelar era naturalizado e invisibilizava conflitos, protagonismos e resistências. Mais de um século transcorreu, com a descolonização, o multi-culturalismo e a ideologia de participação sobrepondo-se às ideologias de exclusão, mas os antigos museus coloniais e seus acervos continuam a ser peças centrais na representação sobre a humanidade e a nação.1Todavia, o atual contexto intelectual, jurídico e político propicia outras possibilidades históricas e não se torna mais estimulante ou sustentável a pura e simples representação de uma nação homogênea ou de uma humanidade branca e europeizada.